Educar para Doar: Como é feita a doação de células tronco embrionárias

9 de agosto de 2012 - 19:02

 

Dando continuidade a série “Educar para Doar”, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), aborda hoje, quinta-feira, dia 9 de agosto, o tema: Como é feita a doação de células tronco embrionárias. Os temas explicados nas reportagens são sugeridos por doadores através de e-mail, telefone, ouvidoria do banco de sangue e redes sociais.

 

Para que possamos explicar como é feito o procedimento de coleta, é preciso entender o que é célula tronco. As células-tronco surgem no ser humano ainda na fase embrionária, previamente ao nascimento. Após o nascimento, alguns órgãos ainda mantêm dentro de si uma pequena porção de células-tronco, que são responsáveis pela renovação constante desse órgão específico. Essas células têm duas características distintas: elas conseguem se reproduzir, duplicando-se, gerando duas células com iguais características; conseguem diferenciar-se, ou seja, transformar-se em diversas outras células de seus respectivos tecidos e órgãos. Essa é a célula que efetivamente substituímos quando realizamos um transplante de medula óssea.

 

A coleta das células-tronco do cordão umbilical e placentário é um procedimento simples e que não traz riscos para mãe e nem para o bebê. A coleta é realizada logo após o parto quando o obstetra “corta” o cordão umbilical separando a mãe do bebê. Neste momento o enfermeiro faz a coleta do sangue presente no cordão umbilical com uma agulha conectada à uma bolsa estéril.

 

Coleta no Ceará

 

No Ceará, a princípio, as mães que tiverem seus filhos na Maternidade Escola Assis Chateaubriant , no Hospital Geral César Cals e no Hospital Nossa Senhora da Conceição poderão doar as células tronco dos cordões umbilicais de seus filhos para o Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP), desde que tenham sido acompanhadas durante todo o processo gestacional.

Para realizar a doação, a mãe precisa ter mais de 18 anos de idade, a gestação deve ser acompanhada pelos médicos das unidades, não correr riscos, não ter doenças genéticas ou transmissíveis. As bolsas de células-tronco armazenadas poderão salvar a vida de milhares de pacientes no Brasil e no mundo.

 

 
Você sabia?

 

O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea do Brasil (Redome) é o registro de doadores não-aparentados que beneficia pacientes de qualquer lugar do mundo. A probabilidade de você ser compatível com alguém que não seja da sua família é muito pequena (1 entre 100.000 pessoas). Para se cadastrar à doação de medula óssea, basta ter entre 18 e 55 anos, não ter antecedentes de câncer e estar em bom estado de saúde. Após o cadastro dos dados, é coletada uma amostra do sangue para a realização da tipagem HLA. As informações cadastrais, bem como o resultado desta tipagem, serão inseridas no Redome que será consultado sempre quando um paciente necessitar de um transplante, a fim de encontrar um doador compatível.

 

Na próxima quinta-feira, dia 16 de agosto, o tema abordado será: Tabagismo. Para maiores informações acerca do assunto entre em contato com o setor de Coleta no telefone 3101.2311 ou Ouvidoria no telefone 3101.2284.

 

Quer sugerir um tema?! O Hemoce responde por contas no facebook, com a fan page Hemoce (Oficial) e através do twitter, @Hemoce .

 

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Suzana de Araújo Mont’Alverne

Assessora de Imprensa – Hemoce