19 de junho – Dia Mundial da Doença Falciforme

19 de junho de 2015 - 17:20

O dia 19 de junho foi estabelecido pelo Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2008 como o Dia Mundial de Conscientização da Doença Falciforme, que tem como objetivo sensibilizar as pessoas sobre a doença que atinge, em maior parte, a população negra. A anemia falciforme, como também é conhecida, é uma doença hereditária causada pela má formação da hemoglobina normal (Hemoglobina A), que adquire a forma de foice, não circula facilmente pelos vasos sanguíneos e dificulta a passagem de oxigênio aos tecidos.

Dentre os principais sintomas estão: dores nas articulações, anemia, olhos amarelados, atraso no desenvolvimento e crescimento infantis, inchaço nos punhos, tornozelos, além de aumentar o risco de infecções, AVC.

Hoje, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará – Hemoce, unidade da Secretaria de Saúde do Estado, fornece atendimento no Ambulatório de Hemoglobinopatias hereditárias  a mais de 300 pessoas em todo o estado do Ceará. Com uma equipe multidisciplinar composta de hematologistas, fisioterapeutas, ortopedistas, enfermeiros, odotólogos, psicólogos, farmácia, o hemocentro está preparado para dar todo o suporte e atender as mais diversas intercorrências quando necessário.

Um dos beneficiados pelo hemocentro é Ronaldo Palhano (36), que descobriu a anemia quando tinha apenas três anos de idade. A partir desse dia sua vida não foi mais a mesma. Ronaldo iniciou o tratamento no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) e, aos 18 anos foi encaminhado para o Hemoce. Ele interrompeu o tratamento por um tempo, mas retornou ao ver que o cansaço execessivo não permitia que ele realizasse atividades simples do dia a dia, “Hoje eu tenho uma vida muito mais ativa por causa de toda a assistência e apoio que recebo. Tudo melhorou de maneira significativa graças ao meu tratamento no Hemoce”, declarou Ronaldo, que visita o hemocentro, no mínimo, duas vezes durante a semana.

A doença, como não tem cura, precisa de um tratamento permanente para que as pessoas com a anemia possam ter uma vida dentro da normalidade. Há algum tempo foi observado pelos profissionais do hemocentro que muitos pacientes abandonavam o tratamento, podendo acarretar em diversas sequelas. Neste sentido, o Hemoce, em 2014, começou a praticar a visita domiciliar de resgate ao paciente, aonde os profissionais vão encontro de pessoas que foram atendidas pelo menos uma vez pelo hemocentro, mas, por alguma razão, não deram continuidade ao tratamento. O primeiro contato com o paciente é feito por telefone, caso não obtenham resposta, vão ao encontro em suas residências.

Diagnóstico

A principal forma para diagnosticar a doença é através do teste do pezinho, que é realizado logo nos primeiros dias de vida das crianças. A outra forma é o exame de sangue e a eletroforese de hemoglobina, que são realizados em crianças com mais de quatro meses e em adultos.

Quando a anemia é identificada na infância, os pacientes são encaminhados para o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias). A partir dos 18 anos, o tratamento é feito no Hemoce.

Para mais informações: Ambulatório do Hemoce (85) 3101.2310

Ambulatório do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias): (85) 32561648

Assessoria de Imprensa do Hemoce
Luiza Dantas ( luiza.dantas@hemoce.gov.br)
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