Hemoce ultrapassa os 180 transplantes de medula óssea
22 de abril de 2015 - 13:18
A equipe médica de transplante do Centro de Hemoterapia e Hematologia do Ceará (Hemoce) comemora a taxa de sobrevida de 95,4% dos pacientes transplantados, depois de 181 transplantes realizados desde 2008. A média mundial de sobrevida de transplantados de medula óssea é de 90%. “Nossa taxa de mortalidade é compatível com as dos maiores centros transplantadores dos países de primeiro mundo”, comenta o hematologista Fernando Barroso, chefe da equipe transplantadora do Hemoce. Este ano, até 21 de abril, foram realizados 19 transplantes de medula óssea, sendo 17 autólogos, quando a medula transplantada é do próprio paciente, e dois alogênicos, quando o tecido transplantado provém de outra pessoa, o doador. Até o final do mês de abril deverão ser realizados mais três transplantes, segundo Fernando Barroso. O número de transplantes este ano é maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Em 2014, até março haviam sido realizados no Ceará 14 transplantes de medula – 13 autólogos e um alogênico.
Parceria entre o Hemoce e o Hospital Universitário Walter Cantídio que realiza desde 2008 transplantes de medula óssea autólogos. Em 2013 foram iniciados os transplantes alogênicos. Este ano o Ceará tem uma cota de 15 mil doadores de medula óssea para cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Até março foram cadastrados 2.766 doadores somente este ano. O Estado tem no total 138.243 doadores cadastrados, número que deve crescer para aumentar as chances de aparecer doador compatível com pacientes que precisam de transplante de medula óssea. Apenas 25% dos pacientes têm chance de encontrar um doador entre familiares. A chance de encontrar uma medula compatível no Redome é em média de 1 para 100.000.
O Redome é um sistema criado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para registrar as informações de possíveis doadores de medula óssea. O sistema facilita as buscas de compatibilidade com receptores e reúne as informações básicas de identificação e especificidades, como resultados de exames e características genéticas de pessoas que se dispõem a ser um doador. Quando um receptor não possui um doador aparentado, é feita uma busca no Redome de cadastros que possam ser compatíveis, para que assim seja feita a doação. O Redome integra a rede internacional de registros de doadores de medula óssea.
Para aumentar as chances de um doador compatível, existe o banco mundial de doadores de medula óssea, que reúne 71 registros de células-tronco hematopoiética (as células que dão origem ao sangue), em 58 países, e 48 bancos de cordão umbilical em 32 países. Atualmente, estão cadastrados nesse banco mais de 24 milhões de pessoas. O Redome tem 3,5 milhões de doadores inscritos. O Brasil é o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Registros dos Estados Unidos (quase 7 milhões de doadores) e da Alemanha (quase 5 milhões de doadores).
No Brasil, o percentual de transplantes alogênicos é de cerca de 37% do total de transplantes de medula óssea realizados no país. Em 2012 foram 630 transplantes alogênicos para um total de 1.753 transplantes de medula. Em 2013, o total de transplantes foi de 1.813, com 669 alogênicos. No ano passado, do total de 1.427 transplantes, 529 foram alogênicos. No Ceará, dos 62 transplantes de medula óssea realizados em 2014, apenas quatro foram alogênicos, ou 6,45%. Para o hematologista Fernando Barroso, chefe da equipe médica de transplante do Hemoce, essa proporção vai se aproximar percentual nacional com a nova unidade de transplante do Hospital das Clínicas, que vai aumentar de três para oito o número de leitos.
Para se cadastrar como doador de medula óssea é preciso ter entre 18 e 55 anos, estar bem de saúde, não ter tido câncer e apresentar documento de identidade e comprovante de endereço. O cadastro será concluído com a assinatura de um Termo de Consentimento e a coleta de uma amostra de sangue (10 ml). O cadastro deve ser mantido atualizado. Para tanto é possível fazer contato com o Hemoce, no Núcleo de Medula Óssea, enviando as alterações de dados para o e-mail nucleo.medula@hemoce.ce.gov.br, ou diretamente no site do Redome (www1.inca.gov.br/doador). Desde o ano 2000 o Hemoce é o responsável pelo cadastro dos possíveis doadores de medula óssea no Ceará.
Onde fazer o cadastro de doador de medula óssea
HEMOCENTRO COORDENADOR – FORTALEZA
7h30min às 18h30min, de segunda à sexta-feira
8h às 16h, aos sábados
8h às 13h, aos domingos
Tel: (85) 3101.2296
POSTO DE COLETA DO INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA (IJF)
7h30min às 18h30min, de segunda à sexta-feira
13h às 17h30min, nos sábados, domingos e feriados
Tel: (85) 3101.5293
PRAÇA DO FERREIRA (ATÉ 16 DE JANEIRO)
R. Floriano Peixoto, Centro: 8h às 16h
DIA 10 DE JANEIRO (SÁBADO): 8h às 12h
HEMOCENTRO REGIONAL – CRATO
7h às 17h30min, de segunda à sexta-feira
7h às 11h30min, nos sábados
Tel: (88) 3102.1260
HEMOCENTRO REGIONAL – IGUATU
7h às 17h, de segunda à sexta-feira
Tel: (88) 3581.9409
HEMOCENTRO REGIONAL – QUIXADÁ
7h às 16h30min, de segunda à sexta-feira
7h às 12h e 13h às 16h30min, aos sábados
Tel: (88) 3445.1006
HEMOCENTRO REGIONAL – SOBRAL
7h às 18h, de segunda à sexta-feira
7h às 12h, aos sábados
Tel: (88) 3677.4624
HEMONÚCLEO – JUAZEIRO DO NORTE
7h às 17h30min, de segunda à sexta-feira
12h às 17h30min, nos sábados
Tel: (88) 3102.1170
Assessoria de Comunicação da Sesa
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