Ceará faz pesquisa para implantar o primeiro banco de tecidos ovarianos
24 de março de 2015 - 16:11
O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará – Hemoce, unidade da Secretaria de Saúde do Estado, em parceria com a Maternidade Escola Assis Chateubriand está realizando uma pesquisa sobre a implantação de um Banco de Tecidos Ovarianos no Ceará. O procedimento permite que a fertilidade de pacientes sobreviventes do câncer seja mantida.
Os ovários das pacientes que se submetem a radioterapia ou quimioterapia são lesionados por causa do tratamento, causando a menopausa precoce, ou seja, elas ficam impossibilitadas de engravidar. A nova técnica, ainda em fase experimental, consiste na extração e congelamento de uma parte do ovário, para que, posteriormente, seja reimplantado na paciente.
O projeto de pesquisa contemplará o total de 20 mulheres. Dois ovários já foram congelados e ficam armazenados até que as pacientes finalizem os tratamentos e sejam autorizadas pelos médicos a engravidarem.
De acordo com João Marcos, médico ginecologista do Hemoce e responsável pelo projeto, a técnica é uma grande conquista para o serviço de saúde do Estado. O Ceará terá o primeiro banco de sangue público do país a realizar o procedimento. No mundo inteiro existem hoje 32 crianças provenientes da técnica.
Para as mulheres que desejam realizar o procedimento, é preciso:
– ter menos de 40 anos
– ainda apresentar ciclos menstruais
– a coleta deve ser feita antes ou nas fases iniciais das sessões de quimioterapia/radioterapia.
As pacientes, após encaminhadas por um posto de saúde ao Hemoce, passam por uma consulta para garantir que o procedimento pode ser realizado. As partes dos ovários coletadas são armazenadas no Hemoce, no mesmo local do banco de sangue de cordão umbilical e placentário (BSCUP) e podem ficar congeladas por tempo indeterminado, até que as pacientes estejam em condições de realizarem o procedimento.
Assessoria de Imprensa do Hemoce
Luiza Dantas
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