Manual para o uso racional do sangue

9 de janeiro de 2015 - 10:51

 

#EducaSangue – Educar para transfundir

 

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A transfusão é uma terapêutica de suporte importante para a prática da medicina atual, com procedimentos cirúrgicos cada vez mais ousados, transplantes e drogas antineoplásicas agressivas. A forma de obtenção do sangue e seus componentes para transfusão tem incorporado, ao longo do tempo, tecnologias que tornam o produto cada vez mais seguro, minimizando os riscos da transfusão. No entanto, apesar de extremamente segura a terapêutica transfusional apresenta riscos inerentes ao uso de material biológico, imediatos ou tardios, que podem comprometer a situação clínica e a sobrevida do paciente.

Toda a tecnologia incorporada ao processo de produção dos hemocomponentes nos últimos 30 anos foi capaz de reduzir de forma eficaz o risco de doenças transmissíveis pelo sangue, mas insuficiente para abolir completamente a possibilidade de sua ocorrência. Da mesma forma o desenvolvimento de técnicas seguras e eficazes de remoção de leucócitos (seja por filtração ou irradiação), o conhecimento cada vez mais completo dos grupos sanguíneos e o desenvolvimento de métodos de coleta e produção de hemocomponentes que melhoram sua padronização e qualidade, melhorou o arsenal terapêutico e aumentou de forma significativa a segurança dos produtos ofertados aos médicos e seus pacientes.

No entanto, os riscos associados ao manuseio da transfusão, desde sua indicação, escolha do componente adequado à situação clínica do paciente, administração e monitoramento do procedimento transfusional, independem da tecnologia agregada e estão vinculadas principalmente à qualificação dos profissionais envolvidos nessas etapas da transfusão, em sua maioria, realizadas fora do serviço de hemoterapia.

O reconhecimento dessa divergência tem motivado o desenvolvimento de estratégias que oportunizem o melhor conhecimento dos profissionais de saúde com relação à transfusão e suas particularidades para uma melhor utilização do arsenal de produtos de hemoterapia disponíveis, visando uma assistência melhor e mais segura ao paciente. Além disso, trata-se de um recurso terapêutico caro que não pode ser mal utilizado, gerando desperdício de recursos, principalmente no âmbito de serviços públicos de saúde integrantes do SUS.

O Hemoce vem ao longo dos anos incorporando modernas tecnologias de produção de hemocomponentes com o intuito de disponibilizar para a população atendida por suas unidades componentes seguros e com características que venham de encontro às necessidades clínicas dos pacientes, dotando os serviços de saúde do estado de componentes diferenciados, produzidos pelo método de buffy-coat, ou redução da camada leucoplaquetária, utilização de filtro in line e irradiação celular, e unidades coletadas por aférese, possibilitando a exposição dos pacientes a um número restrito de doadores, fundamental no atendimento a situações específicas, como transplantes e tratamento quimioterápico.

Dessa forma, o Hemoce vem, a partir de seu corpo clínico, disponibilizar para os profissionais de saúde das instituições de saúde atendidas pela Hemorrede pública do Ceará, esse rápido manual de orientações sobre as particularidades da transfusão de hemocomponentes, de forma a promover a segurança dos pacientes atendidos nessas instituições, proporcionando  a melhoria do atendimento na área da hemoterapia e maior segurança a seus pacientes.

 

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