Hemoce e HUWC realizam o 40° transplante autólogo de medula óssea

22 de dezembro de 2011 - 16:17

 

Nesta quinta-feira, dia 22 de dezembro, a equipe do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) e do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) realizaram o 40º transplante autólogo de medula óssea, aquele em que o paciente recebe células sadias da própria medula. O procedimento é simples: os médicos descongelam as células sadias da medula que foram armazenadas e injetam na paciente, como se fosse uma transfusão de sangue.
 
O primeiro transplante autólogo do Sistema Único de Saúde no Ceará aconteceu no dia 26 de setembro de 2008 e a maioria dos pacientes já retornou às suas atividades normais, tendo alcançado a cura para o câncer através do procedimento. O resultado incentiva ainda mais a continuidade deste trabalho, que tem ajudado a salvar vidas. Somente este ano, foram realizados 19 tranplantes autólogos.
 
O paciente beneficiado pelo procedimento tem 56 anos e sofria de mieloma múltiplo, um tipo de câncer que se desenvolve na medula óssea por conta do crescimento descontrolado de células plasmáticas, que fazem parte do sistema imunológico do corpo e são liberadas para a corrente sanguínea. Elas constituem uma porção muito pequena das células da medula óssea (menos de 5%). Os portadores de mieloma múltiplo podem apresentar um aumento que varia de 10% a 90%.
 

 

Quem precisa e como é feito o transplante de medula óssea?

 

A medula óssea é um líquido que fica armazenado dentro de alguns ossos do nosso corpo e que tem como função produzir as células do sangue. Quando um paciente tem algum tipo de doença no sangue (leucemias, linfomas, alguns tipos de anemias e outras doenças congênitas) e precisa de um transplante de medula, ele pode se submeter a dois tipos de transplante: o autólogo, quando ele recebe células sadias retiradas da própria medula; ou o homólogo, quando precisa receber células da medula de outra pessoa. Para isso, ele pode recorrer à compatibilidade entre familiares, especialmente irmãos; à rede de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário, a BrasilCord; e também ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Hoje, o nosso estado reúne mais de 102 mil cearenses cadastrados no Redome.
 
O cadastro de doadores de medula óssea é uma listagem feita em todos os hemocentros do país e reúne as pessoas dispostas a doar. Atualmente o Ceará tem mais de 102 mil pessoas cadastrados no Redome. Para participar, basta estar saudável, ter entre 18 e 55 anos e apresentar documento de identificação com foto, como carteira de identidade, de motorista ou de trabalho. O candidato preenche uma ficha com seus dados pessoais e colhe uma amostra de 10ml de sangue.
 
As informações armazenadas no Redome são pesquisadas na necessidade de um transplante. Os dados do paciente que precisa receber a medula são cruzados com os dos doadores que estão no Redome, para tentar identificar compatibilidade entre eles. A chance de encontrar uma medula compatível é de apenas 1 em 100 mil. Por isso, quanto mais doadores cadastrados no registro, mais chances essas pessoas têm de sobreviver.
 
 
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Suzana de Araújo Mont’Alverne

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