Gestores da saúde definem alternativas para reduzir lotação nos hospitais

6 de maio de 2010 - 12:07

Reforço de profissionais nas escalas de plantão para aumentar a capacidade e qualidade do atendimento, acolhimento dos pacientes conforme o perfil da assistência após regulação, unificação das centrais de regulação do Estado e do município de Fortaleza para organizar ainda mais a oferta e demanda de leitos, ampliação dos Programas de Atendimento Domiciliar (PAD) existentes nos hospitais da rede estadual para desospitalizar pacientes crônicos. Esses foram os principais encaminhamentos discutidos e apresentados no primeiro encontro da comissão de urgência e emergência, na manhã desta quarta-feira, 5, na Secretaria da Saúde do Estado.

A comissão, que já tem nova reunião marcada para quinta-feira, 13, às 10 horas, na Sesa, é formada pelo secretário da saúde do Estado, Arruda Bastos; o secretário da saúde de Fortaleza, Alex Mont’Alverne; o superintendente  do IJF e coordenador da rede secundária da capital, Messias Barbosa; e, ainda técnicos da Sesa, diretores do HGF e de hospitais-polo da região metropolitana, SAMU da capital e SAMU Litoral Leste. Gestores dos frotinhas e dos gonzaguinhas participaram da reunião. A comissão foi estruturada pelo Comitê de Urgência e Emergência na última sexta-feira, 30, para discutir e implantar ações de redução da superlotação nas emergências dos hospitais públicos na capital. No próximo encontro serão definidos as patologias que os hospitais irão agregar dentro do perfil de atendimento.

O secretário Arruda Bastos, destacando que “o espírito das reuniões da comissão é de compartilhar ações e buscar soluções com toda a rede para a ampliação do acesso à saúde pública”, propôs aos gestores da rede municipal que entre as obras de ampliação e reforma dos hospitais secundários fossem priorizadas aquelas que trazem retorno no curto prazo, aliviando o congestionamento dos serviços. O secretário de saúde de Fortaleza, Alex Mont’Alverne, lembrou que os frotinhas, quando foram construídos em 1978, a população de Fortaleza era a metade da atual, naquela época 1 milhão e 307 mil habitantes. Os gonzaguinhas vieram um pouquinho depois, em 1986, carecendo de reforço na estrutura para ter capacidade de atender ao aumento da demanda.

Como ação de médio prazo, a comissão defendeu uma campanha de prevenção de acidentes, com foco em motos, conscientizando os motoristas dos cuidados com a saúde, a vida. A violência no trânsito se tornou um problema de saúde pública. Quando os acidentes não matam provocam sequelas para o texto da vida. Até excluindo do mercado de trabalho.

Fonte: Secretaria da Saúde do Estado