Equipe do Ministério da Saúde visita o Hemoce

30 de abril de 2009 - 18:22

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará – Hemoce recebeu nesta quinta-feira, dia 30 de abril, a visita de uma equipe do Programa de Doença Falciforme do Ministério da Saúde. Sob o comando da coordenadora do programa, Joice Aragão, o grupo apresentou à diretoria do hemocentro as intenções do Governo Federal para a melhoria do atendimento aos pacientes com este tipo de patologia. “Nós queremos firmar convênios com o Ceará para que as pessoas afetadas por essa doença saibam que tipo de tratamento podem ter acesso aqui no Ceará, através do SUS. Nós expusemos as possibilidades e o Hemoce nos mostrou as necessidades detectadas no estado. Agora, nossa parceria será no intuito de fortalecer o trabalho de divulgação desse tratamento”, como explica a médica.

Ainda segundo Joice Aragão, “depois de visitar o Nordeste, é possível afirmar que o Ceará tem o hemocentro em melhores condições de atendimento às vítimas de doença falciforme em toda a região”. Na reunião com a diretoria do Hemoce, foi firmado um acordo no qual o hemocentro irá definir como vai trabalhar para ampliar a divulgação e o alcance dos pacientes e o Ministério da Saúde vai entrar com o suporte técnico e financeiro para levar à frente essas ações. “Nós nos encarregaremos de discutir como esse trabalho será realizado, através de oficinas e da capacitação dos profissionais que trabaham nas emergências dos hospitais”, é o que afirma a  diretora-executiva do Hemoce, Luciana Carlos.

Depois de vir ao Ceará, a equipe do Ministério da Saúde tem visitas planejadas para Macapá, no Amapá, e para Teresina, no Piauí. Mas a coordenadora do programa de doença falciforme garante que sempre que for preciso, técnicos do Ministério podem voltar ao estado para ajudar no desenvolvimento do trabalho.

Segundo manual da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, doença falciforme é aquela em que há a presença de uma hemoglobina anorml, a hemoglobina “S”, no sangue do paciente. A anemia falciforme é um exemplo disso. Ela é uma doença que passa dos pais para os filhos e altera os glóbulos vermelhos que diante de certas condições, tornam parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente causando anemia hemolítica – a pessoa apresenta-se pálida e com icterícia (a esclerótica ou “branco do olho ”, fica amarelo). Estas células alteradas são também mais aderentes aos vasos sanguíneos, e por isso podem causar obstrução, dificultar a circulação no local causando dor de intensidade variável (são as crises dolorosas) e com o tempo, causando lesões nos órgãos irrigados por estes vasos.

Sabrina Lima – MTb CE 2169 JP
Assessora de Comunicação do Hemoce
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