Mais três crianças são beneficiadas com o novo procedimento do Hemoce

30 de janeiro de 2009 - 13:40

O serviço de hemofilia do Hemoce realiza nesta segunda-feira, dia 2 de fevereiro, em 3 crianças hemofílicas, pacientes do Hospital Universitário Walter Cantídio da UFC, a radiossinoviortese. O procedimento ambulatorial acontece através da aplicação de um medicamento que serve para parar o sangramento progressivo nas articulações desses pacientes, chamado de hemartrose. Fortaleza é a quarta capital do país que começa a realizar este tipo de procedimento, a única do Norte e Nordeste. Além daqui, Brasília, Curitiba e Cuiabá também trabalham com a radiossinoviortese.

Lucas Sousa Lima, de 9 anos, Francisco Lucas Barbosa, de 6 anos e Antônio Valdeci Mesquita Filho, também de 9 anos, nasceram com deficiência na produção de fatores anticoagulantes, doença conhecida como hemofilia. Cada vez que as crianças hemofílicas sofrem pequenas pancadas e ficam com hemorragias no corpo, precisam vir ao Hemoce para tomar o fator de coagulação. Com o passar dos anos, aparecem os sinais deformantes da doença. As articulações inchadas acumulam sangue, já que o próprio organismo não pode conter as hemorragias.

O medicamento aplicado nos joelhos das crianças durante a radiossinoviortese é um composto radioterápico conhecido por “ítrio 90”. Ele substitui a cirurgia ortopédica que poderia ser feita para resolver o problema articular. O ítrio 90 destrói o tecido inflamado que causa o sangramento recorrente na articulação. O inchaço não diminui, mas pára de crescer. Cada paciente faz só uma aplicação e, depois disso, realiza 1 mês de sessões de fisioterapia recondicionando as articulações.

Por enquanto, o radioterápico usado vêm de uma remessa doada por um fornecedor holandês e pode ser aplicado em joelhos, tornozelos, cotovelos, ombros e quadris dos pacientes diagnosticados com artropatia hemofílica. O primeiro experimento com a radiossinoviortese foi feita em 15 de dezembro em parceria com o Centro de Medicina Nuclear do Instituto do Câncer do Ceará, o ICC, com 2 pacientes hemofílicos. Mateus Kauai Souza da Silva de 11 anos, e Lucas Lima da Silva, de 8 anos já estão no final do processo de recuperação do procedimento.

Atualmente, 15 pacientes estão na fila de espera pelo tratamento. A previsão é que haja uma média de atendimento de 2 pacientes por mês.

Sabrina Lima – MTb CE 2169 JP
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