Brasil entra para cadastro mundial de doadores de medula óssea

23 de janeiro de 2009 - 14:25

O Diário Oficial da União publicou nesta quinta-feira, dia 22 de janeiro de 2009, que o Brasil passou a integrar o National Marrow Donor Program, maior rede de registros de doadores de medula óssea do mundo. Hoje, uma pessoa que precisa de doação pode tentar um transplante com sua própria medula ou buscar um doador – parente ou não – cujas características genéticas sejam compatíveis às suas. Caso não haja nenhum parente que o atenda, o paciente parte para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), um banco de dados de todos os doadores cadastrados no país.

Mas nem sempre é possível encontrar, no Brasil, um doador que o atenda. O Ministério da Saúde estima que 45% dos pacientes não encontram no banco de dados brasileiro um doador compatível e têm que procurar lá fora esse material, busca que é financiada pelo SUS a um custo de R$ 50 mil cada. Só no ano passado o governo gastou R$ 5,5 milhões nesse processo, que envolve exames de identificação do doador, coleta das células-tronco e o transporte desse material para o Brasil. A entrada do Brasil no cadastro internacional também prevê reciprocidade: se um estrangeiro encontrar, entre os brasileiros, doador compatível, ele poderá utilizar esse material genético.

Até o dia 22 de janeiro, o registro de doadores de medula óssea no Ceará, que fica sob responsabilidade do Hemoce, já conta com 34.646 voluntários cadastrados. A meta é que esse número chegue a 50 mil em agosto de 2009. Os pacientes cearenses que precisarem de uma doação de medula também vão poder buscar um doador compatível no National Marrow Donor Program.

Como se cadastrar:
–   Basta procurar um dos hemocentros do estado em Fortaleza, Crato, Iguatu,
    Quixadá, Sobral e Juazeiro do Norte;
–   Você precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar bem de saúde;
–   Não ter comportamento de risco para DSTs;
–   Não ter tido câncer;
–   Colher uma amostra de sangue (10 ml) para teste de compatibilidade (HLA);
–   Fornecer seu documento de identidade e endereço. Seus dados serão colocados no
    banco de dados com o resultado de seu exame de HLA.
–   Fornecer dois nomes e telefones de contatos que possam localizá-lo no caso de
    uma compatibilidade.
–   Assinar um termo de consentimento autorizando o envio da amostra de sangue
    coletada para o laboratório responsável coligado ao REDOME.

Como doar:
–   Caso aconteça a compatibilidade com algum paciente, seus dados serão
    verificados e o doador será convidado a realizar novos testes sanguíneos;
–   Se a compatibilidade for confirmada, o possível doador será convidado a
    efetuar sua doação;
–   Você será avaliado por um clínico e receberá informações.

*Com informações de O Globo

Sabrina Lima – MTb CE 2169 JP
Assessora de Comunicação do Hemoce
Secretaria da Saúde do Ceará
(85) 9148.8773
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